INTIMIDADE NAS RELAÇÕES- POR RENATA FORNAZZARI
É na intimidade que tudo acontece.
É nela que encontramos um espaço seguro e acolhedor de nós mesmos.
Ser íntimo de alguém, é um ato de amor, generosidade e confiança.
Você entrega o que tem de mais “seu” ao outro, e permite que este outro entregue o que tem de mais ele a você.
Quando falamos de intimidade nas relações amorosas, diferente do que muitos pensam, nada tem a ver com ter intimidade sexual.
Tampouco tem a ver com público e privado.
Ser íntimo de alguém é muito mais complexo que isso.
A palavra íntimo vem do latim, intĭmus. E alguns dicionários trazem seus adjetivos como
“Relativo a ou que compõe a essência de algo”,
“Relativo a ou que tem lugar nos recantos da mente ou da alma”.
Você pode ter intimidade sexual com alguém, mas também pode ter uma intimidade afetiva,
como é o caso das relações com amigos e familiares.
Quanto as relações amorosas, uma pessoa pode sentir-se íntimo (a) sexualmente de alguém,
mas não sentir-se muito confortável em outros contextos, como em um evento social por exemplo.
Ser íntimo nada tem a ver com tempo de convívio, estar ou não casados,
estarem próximo ou distantes,
é algo que vem da ordem da afinidade e do desejo de estar com o outro.
Quantas vezes você já conheceu alguém que rapidamente ocupou esse lugar de “pessoa íntima”.
Ouso dizer que o verdadeiro erotismo está na sensação de nos sentirmos íntimos, ligados,
conectados, afiados, ao nosso objeto de desejo.
É na intimidade, na confiança de que podemos nos lançar ao universo da privacidade compartilhada que nos libertamos.
Ser íntimo é estar livre para exercer aquilo que se é, com a garantia de que o outro te colocará naquele mesmo lugar de confiável.
Se você é dessas pessoas que conhece muita gente, que sai e interage com distintas pessoas,
mas sente que essas relações são pouco satisfatórias.
Observe quais têm sido seus critérios de escolha.
.
Talvez suas escolhas não estejam pautadas na conexão com o outro,
mas sim na satisfação do desejo.
Desejo de não estar só, desejo de satisfazer apenas uma necessidade sexual,
desejo de cuidado…
O que pode ser um gatilho para sentimentos de frustração, arrependimentos e solidão.
.Ainda que seja apenas uma aventura de uma noite…
Reflitam!
Renata Fornazzari
Renata Fornazzari
Psicóloga Clínica, Pós-graduada em Gestão de Pessoas pela PUC-Santiago/Chile e Especializanda em Terapia,
Educação e Saúde Sexual pelo Centro de Estudo e Pesquisa Hospital Pérola Byington.
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