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TESTES PARA DETECÇÃO DA COVID-19 – POR LUCIANA FLEURY

Testes rápidos para detecção da Covid-19: tudo o que você precisa saber  .

 

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permitiu que testes rápidos para detecção da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, sejam realizados em farmácias. A ideia é oferecer uma resposta rápida para quem está com sintomas que indiquem uma possível contaminação, além de ajudar à saúde pública a levantar dados epidemiológicos.

No entanto, antes de ir correndo na farmácia para realizar o teste, é importante saber como ele deve ser feito e o que ele traz como resultado. O primeiro cuidado é ficar atento com relação ao profissional que irá fazer o teste. Marcos Machado, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, reforça que se trata de um teste rápido, não um autoteste – ou seja, ele tem de ser realizado por um profissional. Isso porque os resultados, positivos ou negativos, devem ser comunicados à Vigilância Sanitária. “O farmacêutico é o único qualificado para realizar o teste dentro da farmácia, ou seja, o balconista não está habilitado para isso”, alerta Machado.

Outro ponto de atenção são os cuidados para evitar que a farmácia se torne um local de contaminação, já que receberá pessoas com sintomas da doença. Assim, é exigido que o estabelecimento reserve um local apropriado, que pode ser uma sala separada, que passe por limpeza e desinfecção a cada realização de teste. É necessário, também, evitar aglomerações, por isso, muitos estabelecimentos estão marcando hora e até oferecendo o atendimento por drive thru. Assim, nem é preciso sair do carro. Independente do caso, quem vai se submeter ao teste precisa usar máscara e usar álcool gel para assepsia das mãos e o farmacêutico também precisa estar protegido, com máscaras e luvas.

O mais importante, porém, é saber que tipo de teste está sendo feito. As farmácias disponibilizam dois tipos: um mede os chamados “anticorpos totais”, indicando se a pessoa entrou ou não em contato com o vírus; outro analisa a presença de anticorpos IGM (que indicam que a pessoa está na fase aguda da doença, ou seja, ainda está transmitindo e pode ter uma evolução do quadro) ou presença de IGG (mostrando que a pessoa já entrou na fase de imunidade). “O ideal, portanto, é fazer o teste de anticorpos IGM e IGG, pois o resultado é mais claro”, diz Machado. Ele alerta, também, para a necessidade de se saber qual é a “sensibilidade” do teste. “Existem testes mais sensíveis, que detectam a presença do vírus a partir do sétimo dia de sintomas, tem outros menos sensíveis, que precisam de 14 dias de sintomas para apresentar um resultado confiável”, explica. É preciso questionar tudo isso, além de perguntar o lote, data de validade e se o produto é registrado na ANVISA. Vale dar uma pesquisa no preço cobrado: os valores têm variado entre R$ 250,00 a R$ 400,00, mas a tendência é que com o aumento da quantidade de testes disponíveis, os preços caiam.

E quem deve fazer o teste? Machado diz que o teste deve ser feito por pessoas que estejam com sintomas e aquelas que acreditam ter tido contato com o vírus, desenvolvendo uma versão leve da doença, e queiram confirmar. O mais importante é a conduta após o resultado: quem tiver IGM positivo, deve procurar orientação médico e adotar o isolamento social – ou seja, mantendo-se distante até das pessoas com quem more, de preferência em um cômodo à parte, permanecendo atento aos sintomas e procurando ajuda imediata em caso de piora. Quem tiver IGG positivo, pode ficar mais tranquilo, mas ainda cauteloso: não há certeza ainda de que a infecção pelo novo coronavírus traga imunidade e impeça novas contaminações. Finalmente, é preciso muito cuidado com resultados negativos, especialmente para quem está com sintomas: pode ser apenas que a carga viral não tenha sido suficiente para ser detectada pelo teste: então, vale redobrar os cuidados, ficar em isolamento social e avaliar a evolução dos sitomas.

 

Saiba mais assistindo:

Boletim Aptare Coronavírus: https://bit.ly/2Ts5aYn

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Luciana Fleury é jornalista. Formada em Comunicação Social – Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, tem 31 anos de experiência profissional, tendo atuando em jornais diários, revistas especializadas, sites e na comunicação corporativa, com maior ênfase em temas como longevidade, educação e saúde.

Colaboradora da Dínamo Editora/ Revista Aptare

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